quinta-feira, 25 de julho de 2013

Moção de censura...

Moção de censura ao Governo, apresentada no dia 18 de Julho, pelos Verdes. Uma moção, segundo as palavras de José Luís Ferreira, a um governo que mentiu aos portugueses, que prometeu não aumentar impostos, que em dois anos passou o desemprego de 11% em 18%, que em dois anos aumentou a dívida de 95% do PIB para 127% do PIB, que só pensa nos interesses dos grandes grupos económicos, que em dois anos aumentou o défice de 4,2% do PIB para 8,8% do PIB, que convive mal com o Estado Social, que abandonou e abandona o património público... Tudo em nome dos "mercados", os mesmos "mercados" que provocaram a situação que o país vive.

"O compromisso para a destruição nacional está assim entregue aos mesmos que ao longo de quase quatro décadas destruiram o tecido económico do país, arruinaram a nossa indústria, enterraram a nossa agricultura e afogaram as nossas pescas. Os mesmos que delapidaram o nosso património colectivo com a privatização de empresas estratégicas, que deixaram de estar ao serviço da economia nacional para estarem ao serviço dos interesses dos seus accionistas. Os mesmos que inventaram as parcerias publico-privadas, que foram na conversa dos swaps e que permitiram a fuga de capitais para o estrangeiro. Os mesmos que permitiram a distribuição antecipada de dividendos dos grandes grupos económicos com o propósito de não pagar impostos e permitiram a transferência das sedes sociais das grandes empresas para o estrangeiro para não pagar impostos em Portugal. Os mesmos que socializaram os prejuízos do BPN, mas que mantiveram os lucros do grupo nas mãos dos seus accionistas.
(...)
É pois altura de separar águas. Separar as águas entre aqueles que entendem que o interesse nacional é continuar com estas políticas, é continuar a governar para os mercados e para financiar a banca, e aqueles que entendem que o interesse nacional é romper com estas políticas, é romper com a subserviência perante interesses que não são os interesses do país."



A esta moção eu acrescentaria uma moção de censura aos eleitores portugueses que se demitem da sua responsabilidade de participação activa (o que inclui modificação, naquilo que for necessário) em tudo o que se passa na Assembleia da República e no Governo, e outra moção de censura aos que sempre apoiaram os três partidos do costume, nunca admitindo sequer a possibilidade de existência de alternativa, para depois concluir que os partidos são todos iguais, os políticos são todos iguais e não há nada a fazer.

Somos todos responsáveis, quer queiramos quer não, simplesmente porque sofremos as consequências dos nossos actos negligentes. Só os elementos dos sucessivos governos que temos tido é que parecem completamente irresponsáveis, porque nunca respondem pelo sofrimento que causam aos outros.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A importância de não ser...

(Obrigado Rui Viana)