quarta-feira, 27 de julho de 2011

O meu trabalho...


O canto superior esquerdo do quadro que o Fernando e eu temos aqui no gabinete. Um gráfico. No eixo das abcissas o tempo, em anos: de 2005 até 2011. No eixo das ordenadas três grandezas, correspondentes a três linhas: a linha branca mais suave representa a "diversão do Fernando", a linha branca com picos (a certa altura também azul) representa a "preocupação do Fernando", a linha azul mais suave (vê-se mal, está a meia altura dos picos da linha branca e vai descrescendo a partir de 2008) representa a "produtividade do Fernando".

A produtividade começa num valor médio em 2005 e mantém-se mais ou menos constante até 2008, ano de entrada do Gustavo, quando começa a decrescer, sofrendo um descréscimo ainda mais acelerado a partir de 2010, ano em que eu entrei, e agora vai, segundo as próprias palavras do Fernando, tendendo para zero.

A preocupação tem um pico por ano, que dura um dia, precisamente a véspera de cada reunião de avaliação.

A diversão começa num valor praticamente nulo e dispara a partir de 2008 e ainda mais a partir de 2010, estando agora, segundo o Fernando, em tendência para infinito.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Acampamento contra a dívida...


Não há nada mais bazaroco do que acreditar que não há nada a fazer!

Enquanto nos tentam fazer acreditar nisso, há grupos que precisam de debater para tentar chegar a um acordo sobre um caminho comum, tamanho é o número de alternativas que apresentam! Eu estou deste lado.

Mais informação aqui.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Obrigado excelências...

De Joaquim Pessoa. Ouvi-o ontem à noite a dizer na rádio que não tinha sido ele a escrevê-lo, tínhamos sido todos nós.

Obrigado, excelências.
Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade
de vivermos felizes e em paz.Obrigado
pelo exemplo que se esforçam em nos dar
de como é possível viver sem vergonha,
sem respeito e sem dignidade.
Obrigado por nos roubarem.
Por não nos perguntarem nada.
Por não nos darem explicações.
Obrigado por se orgulharem de nos tirar
as coisas por que lutámos e às quais temos direito.
Obrigado por nos tirarem até o sono.
E a tranquilidade. E a alegria.
Obrigado pelo cinzentismo,
pela depressão, pelo desespero.
Obrigado pela vossa mediocridade.
E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer.
Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber.
Obrigado por transformarem o nosso coração
numa sala de espera.
Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias
um dia menos interessante que o anterior.
Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar.
Obrigado por nos darem em troca quase nada.
Obrigado por não disfarçarem a cobiça,
a corrupção, a indignidade.
Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade
e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço.
E pelo vosso vergonhoso descaramento.
Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer,
o que nunca deveremos fazer,
o que nunca deveremos aceitar.
Obrigado por serem o que são.
Obrigado por serem como são.
Para que não sejamos também assim.
E para que possamos reconhecer facilmente
quem temos de rejeitar.

A origem de todos os meus males...

Está naquela coisa parecida com uma bola de rugby em cima à direita...


E vejam lá o verdadeiro monstro que eu escondo (ou não!):

Nas ruas de Lisboa...

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Mais, da natureza das coisas...

E cada um acreditará no que quiser, como é natural...

Sistema financeiro: estupidez ou malvadez?...

Diz o outro que não vale a pena tentar justificar com malvadez o que pode simplesmente ser explicado por estupidez. Neste caso concreto a explicação por simples estupidez não tem, infelizmente, grandes pernas para andar...

O Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público vem agora insurgir-se contra o corte de “rating” anunciado pela Moody’s. Por esta e aquela razão, os senhores gestores que gerem esse instituto de gestão lembraram-se de criticar o modo de funcionamento de uma agência de "rating".

O presidente e CEO (!) do instituto é o senhor Alberto Soares. Vejam aqui o currículo do senhor. Vale a pena. Os outros senhores que gerem o instituto de gestão terão currículos que irão pelo mesmo caminho, embora talvez ainda não tenham dado tantos passos. E então é caso para perguntar: quando o sistema de agências e de ratings flutua e dá cabo de outras economias à conta dos interesses sabe-se lá de quem, são essas economias que são mal comportadas. Mas quando o sistema dá cabo da nossa economia, aí as coisas mudam de figura, não?...

Tomam-nos por idiotas?...