segunda-feira, 2 de novembro de 2020

A Covid-19, em dia de luto nacional...

 

(a hipocrisia oficial...)


Uma análise, em plena "segunda vaga".

A primeira consideração a ser feita é esta da "segunda vaga". Quem é que colocou essa expressão nas nossas bocas?... Pensem nisso. Será que fomos nós todos que nos lembrámos, ao mesmo tempo, de chamar a este aumento do número de infecções uma "segunda vaga"?

Talvez até julguemos que sim. Mas não. Neste caso, tal como em tantos outros, nós falamos das coisas que nos dão a falar, e falamos nos termos que nos dão para falar delas. E não nos apercebemos disso, sequer.

A expressão "segunda vaga" começou a circular na dita "comunicação social" há já vários meses. Pessoalmente, tenho ideia de se começar a falar disso no momento em que em Portugal estávamos a conseguir reduzir o número de infectados, talvez lá para Maio. Veio na boca de alguém, provavelmente algum político, e foi apanhada pelos jornalistas que, mais vezes do que deviam, se comportam como papagaios.

(Um ligeiro aparte: já pensaram na história do termo "geringonça" para designar o governo que tivemos até há bem pouco tempo em Portugal? Acham que é um termo justo? Não terá ele uma determinada conotação? Será essa conotação justa? Como é que poderia ser melhor? Porque é que não é? Quem é que nos põe a falar assim?...)

Portanto, a "segunda vaga" é algo que já todos nós sabíamos muito bem, desde há muito tempo, que iria ocorrer. Sabíamos, porque nos tinham ensinado. Só não trataram de nos ensinar a defendermo-nos dela.

Para que serviu então tanto falatório antecipado sobre a "segunda vaga", quando, no momento em que ela vem, estamos ainda mais à nora do que estávamos na primeira?... A minha resposta é: propaganda. O falatório antecipado serviu para nos ajudar a aceitar como normal o aumento do número de casos.

Lembram-se como foi em Março?... Toda a gente acatou o confinamento, as ruas ficaram desertas. Porquê? Porque a propaganda tratou de amedrontar as pessoas. E o medo, como costumo dizer, molda o mundo.

Pelo contrário, desde então, toda a propaganda foi no sentido contrário, no sentido de mostrar às pessoas que a vida tem de prosseguir apesar de tudo, blá blá blá... E portanto não admira que agora, mesmo com um número de casos diário muito superior ao verificado em Março, as pessoas não tenham vontade de se confinar.

Para lá disso, agora, ao contrário do que acontecia em Março, todos entendem que o confinamento tem consequências económicas que podem ser muito graves.

Não vale a pena insistir quão graves são essas consequências económicas e quão desigualmente afectam umas e outras pessoas. Creio que isso já é evidente.

Entretanto a propaganda, ao mesmo tempo que apregoava "vem aí a segunda vaga", também nos foi alertando "a economia não aguenta uma nova paragem". E todos trataram de acreditar.

O triste é este constante efeito Dunning-Kruger, esta coisa de as pessoas julgarem que compreendem tudo, quando na verdade não compreendem nada. Já tratarei de explicar melhor. Por ora, basta-nos constatar aquilo que é a realidade:

ao mesmo tempo que nunca tivemos tantos infectados e tantos mortos, não só parecemos não estar muito preocupados com isso, como convocamos manifestações em defesa de um ou outro sector de actividade económica, no sentido de prosseguir a vida como dantes. Estamos plenamente convencidos que "a economia não aguenta uma nova paragem" porque sabemos que o negócio onde trabalhamos, ou que gerimos, ou que possuímos, não tem condições para continuar com poucos ou nenhuns clientes por muito mais tempo sem que isso acarrete dívidas que se tornam impossíveis de pagar, ou seja, sem que isso acarrete a sua falência.

Portanto, acreditamos, mesmo sem pensarmos muito a sério no assunto, na dicotomia entre saúde e economia.

Em Março, fomos todos a favor da saúde e a economia que se lixe. Agora, em Novembro, somos todos a favor da economia e a saúde que se lixe.

Entretanto, e embalados nesta cantilena, vamos achando que a doença não é assim tão grave. Pelo menos enquanto não morre alguém que nos é próximo. Aí talvez as coisas mudem... ou não. Porque a mansidão do povo é tal, que parece que já aceitamos que morrem os frágeis, é mesmo assim, deus e a natureza lá sabem, não há nada que se possa fazer.

Já tive oportunidade de escrever antes que a máxima "uma morte é uma tragédia, mas um milhão é uma estatística", considerada uma marca distintiva dos maiores sanguinários da história, é agora aceite pela população como uma coisa banal. Mas talvez haja para todos nós a atenuante da ignorância. Afinal, nós estamos convencidos, porque nos disseram que vinha aí a segunda vaga e nos disseram que a economia não aguentava uma nova paragem, que não há nada a fazer.

E isto tudo é para mim bastante chocante. Vou passar a tentar explicar-me melhor.


Primeiro ponto: o poder do Estado para impor restrições às liberdades individuais.

Eu defendo a liberdade individual. Não gosto da ideia da existência de pessoas, grupos ou instituições mais ou menos tangíveis com mais poder do que os indivíduos, a obrigá-los a agir de um ou outro modo. Apesar disso, esse tipo de pessoas ou instituições sempre existiu ao longo da história da humanidade, portanto talvez seja bom analisar porquê.

Os pais têm mais poder do que os filhos, sobretudo quando estes são novos, e parece-me que ninguém contesta que assim é que deve ser.

Os habitantes de uma aldeia podem tomar decisões em conjunto, deliberadas por maioria. Isso já poderá ser contestado por algumas pessoas. Um habitante da aldeia que tenha nascido com o rabo virado para a lua e prefira fazer as coisas doutro modo terá a sua vida muito dificultada.

A questão que os aldeãos terão de resolver, esse assunto constitucional, ou meta-político, será o de decidir quais as matérias a ser decididas em conjunto e quais as matérias que deverão ser entregues à liberdade de escolha de cada um.

Nos dias de hoje, o Estado emana um conjunto de regras que devem ser aplicadas por todos. Vamos, por um bocadito, acreditar que o Estado está verdadeiramente a representar os interesses da maioria da população, mesmo que isso na verdade raramente seja o caso. Vamos enumerar exemplos de regras por ordenação crescente de legitimidade de contestação:

1 - Imaginemos então, à cabeça, a regra que proíbe a descarga de lixos industriais não tratados nos rios. Este é um exemplo de uma regra cuja legitimidade dificilmente alguém no seu perfeito juízo irá contestar. Mesmo quem não cumpre facilmente entenderá que a existência da regra tem sentido.

2 - Imaginemos agora a obrigatoriedade de circular de automóvel a uma velocidade inferior a 120km/h nas auto-estradas. Muitas pessoas irão contestar a sua legitimidade, alegando que é perfeitamente seguro circular naquela auto-estrada, com aquele clima, naquele estado de espírito e com aquele automóvel, a velocidades bastante superiores. No entanto, creio que não será difícil entender a legitimidade de argumentos como os seguintes: a velocidade de um automóvel põe em risco não apenas os seus ocupantes, mas também a dos outros veículos que circulam na mesma estrada, assim como dos seres vivos que nela se possam cruzar, o ruído aumenta com a quinta potência da velocidade, o consumo energético aumenta para uma mesma distância com o quadrado da velocidade.

3 - Consideremos agora a obrigatoriedade do uso do cinto de segurança. Nesse caso já começa a ser mais difícil fundamentar a sua legitimidade. De facto, um ocupante de um veículo que não use o cinto de segurança está a colocar em risco a sua vida, mas dificilmente irá aumentar o risco sobre outras pessoas. Creio que neste caso o legislador, e talvez bem, tenha considerado que nem sempre as pessoas sabem escolher o que é melhor para si próprias, que o tecido social depende de todos nós e portanto ninguém pode simplesmente dizer que os outros não têm nada a ver com a sua existência... Eventualmente alguns alegarão os custos económicos da reparação dos danos, que serão suportados por todos, caso o fulano que circulava sem cinto se magoar à conta disso.

4 - Finalmente, podemos considerar uma norma como a que obriga os construtores de casas novas a instalarem em sua casa as ligações necessárias para terem TV por cabo em todas as divisões. Nesse caso, eu próprio não consigo avançar com um único argumento que legitime semelhante obrigação, até porque acredito precisamente que a ausência de televisor em casa é um factor importante na saúde física, emocional e mental das pessoas. Neste caso, portanto, a obrigação imposta pelo Estado poderá ser sentida por algumas pessoas como injustificada e abusiva. Ou seja, será uma demonstração de autoritarismo.

Onde, então, é que nesta escala vamos situar as imposições que os Estados têm tomado a propósito da pandemia?

Como disse em cima, eu defendo a liberdade individual. Creio, portanto, que o nosso governo poderia tratar de implementar uma campanha de informação acerca da doença - como se transmite, como prevenir a sua transmissão, o que fazer em caso disto ou aquilo - e deixar a decisão sobre como agir ou não agir à liberdade de cada um.

Mas neste caso uma medida desse tipo não teria certamente grandes efeitos práticos na prevenção da disseminação do vírus. Para que isso pudesse acontecer seria necessária uma dose impensável de autocontrolo, disciplina, conhecimento, generosidade... tudo muito para lá da realidade.

Na verdade dos factos, este vírus, tal como tantos outros, pode transmitir-se muito facilmente entre indivíduos que não apresentam sintomas. Ora, se esses indivíduos não apresentam sintomas, será que a sua disciplina e sentido de dever cívico irá fazer com que eles não entrem em contacto com tantas outras pessoas, conforme é habitual em tempos normais? A meu ver, a resposta parece-me um óbvio não.

Parece-me, portanto, e muito contra aquilo que são as coisas que eu próprio defendo, que neste caso existe legitimidade para que o Estado imponha, em nome de todos, e para bem de todos, restrições às liberdades individuais.

Isso não quer dizer, porém, que as restrições que têm sido implementadas são as melhores ou sequer boas. O meu último artigo neste mesmo blogue é precisamente um exemplo disso.

Mas inequivocamente quer dizer que não é compatível manter um estilo de vida normal com a tentativa de controlar a disseminação da doença. E isso, inevitavelmente, terá consequências económicas.


Segundo ponto: a economia.

Quando um político nos diz, via meios de difusão associal, que "a economia não aguenta uma nova paragem", de que é que ele realmente está a falar?

Conforme já escrevi em tempos, podemos em geral substituir a palavra "economia" nos discurso dos políticos profissionais por "empresas" ou algo do género. Trocar economia por empresas pode parecer à primeira vista um pouco inócuo. Mas confrontem "a economia não aguenta" com "as empresas não aguentam"... Nesta segunda versão coloca-se em evidência algo que está escamoteado (e propositadamente) na primeira versão: a questão da propriedade.

De facto, quando os políticos falam de economia, nós, que já temos a lavagem cerebral adequada, acreditamos, sem que para isso tenham de nos explicar mais nada, que estão a falar do dinheiro de todos nós, da actividade económica de todos nós, das empresas públicas ou privadas de todos nós. O discurso do "estamos todos no mesmo barco", do "as empresas é que geram a riqueza e garantem o emprego".

Mas a distribuição da propriedade em geral, e das empresas também, é profundamente desigual. E isso de as empresas serem o garante... muitos de nós sabemos que as empresas sempre lá estiveram e a nós só nos garantiram, ano após ano, vidas de miséria.

Todo o discurso político de apoio à economia é um discurso de apoio aos maiores detentores de propriedade, empresarial e não só, que infelizmente a população interpreta como sendo um discurso de apoio à população em geral.

Temos neste preciso momento um exemplo paradigmático. Os governos dos países europeus, sob a égide na União Europeia, anunciam com pompa uma série de programas de incentivo ou revitalização ou dinamização (ou alguma coisa semelhante, claramente saída de um cérebro AIESEC propenso a "business bingo") da ECONOMIA! Pois bem, a população acredita que os governos estão a fazer o que podem, e eles fazem o quê?... Concedem empréstimos, resmas de empréstimos, às empresas. E em condições tanto melhores quanto maiores forem as empresas.

É assim que isto funciona: em vez de se ajudar as pessoas, ajuda-se a "economia". E as pessoas concordam.

As pessoas às vezes mereciam era um par de chapadas a ver se acordavam!

Que economia é essa que não aguenta? Que crise económica é essa?

Conforme já escrevi antes, esta, como tantas outras, é uma crise de falta de procura. Não falta nada nas prateleiras das lojas. Falta é dinheiro no bolso das pessoas para as poderem comprar. Se esta situação se mantiver de forma muito intensa durante muito tempo, aí sim, correremos o risco de afectar também a oferta, e aí sim, os produtos poderão começar a escassear nas prateleiras das lojas.

Ao nível global, haverá certamente menos disponibilidade para comprar automóveis novos. Se bem que os efeitos da pandemia estão distribuídos de forma muito desigual, e muitos, sobretudo os mais ricos, poderão continuar a comprar penduricalhos sem qualquer restrição.

No entanto, ao nível dos bens essenciais, o consumo mantém-se, porque tem de se manter. Só se não tiverem alternativa é que as pessoas deixarão de consumir produtos alimentares, viagens de curta distância, electricidade, gás, água, medicamentos, serviços básicos (saúde, educação, apoio social, etc.) e alojamentos para lá poderem viver. Essa é a "economia" que mais interessa, precisamente aquela que tem sido privatizada ao longo das décadas e muitas vezes entregue a detentores que nem sequer falam a mesma língua que nós (mas vá, não são necessariamente piores por causa disso).

Ora essa "economia", a economia dos bens essenciais, não é afectada pelas medidas restritivas que o governo tem imposto nesta quadra. Essa economia aguenta a pandemia sem pestanejar! As empresas que não aguentam são as empresas daqueles outros penduricalhos que não consideramos tão essenciais assim.

Eu sei que isto que afirmo pode causar muito desconforto em muita gente, porque afinal a grande maioria das pessoas trabalha em sectores de actividade que não são tão essenciais assim. Mas isso aplica-se também a mim. E é apenas um sinal de maturidade intelectual não enviesarmos as análises por causa dos nossos interesses pessoais. A verdade é que a maioria da "economia" não é essencial. E o progresso tecnológico irá inevitavelmente, ao longo das décadas que aí vêm, agravar essa situação, como aliás já tem feito desde pelo menos o início do século XX.

Agora apelo a um exercício: e se imaginarmos os nossos políticos, que tanto se esforçam por redefinir o conceito da palavra "responsabilidade" (eles mesmos, que são os mais irresponsáveis que a sociedade possui, uma vez que, gozando de imunidade, fazem as asneiras e logo de seguida se põem a andar para a presidência de uma empresa qualquer) a alterar o seu discurso de "a economia não aguenta uma nova paragem" para "os produtores de penduricalhos não essenciais terão dificuldades em manter os seus negócios abertos"?

Quão responsáveis pareceriam então os nossos políticos, numa altura em que as liberdades das pessoas estão restringidas e há muita gente a morrer, a discursarem a sua preocupação com os penduricalhos?... Porque é disso que se trata!


Terceiro ponto: a alternativa.

Na verdade, quem trabalha numa empresa que produz bens ou serviços não essenciais, fica com o seu emprego em risco. E, na altura em que estamos, perder o emprego não é mesmo nada bom, porque não há perspectivas de arranjar outro a seguir. Afinal, como todos sabemos, o mercado de trabalho é mais como um local fictício onde os empregadores escolhem os que mais lhes convêm, e as pessoas fazem o seu melhor para se venderem e para passarem à frente da pessoa ao lado na corrida (aliás, acreditam que isso até é muito bom, porque faz com que as pessoas dêem o que têm de melhor).

É isso que as pessoas pensam e sentem quando houvem o discurso do "a economia não aguenta". E isso é claramente muito preocupante.

No entanto, conforme acabei de referir em cima, a economia dos bens e serviços essenciais continuará a funcionar, e os produtos essenciais não faltarão nas prateleiras.

Ora se os bens não escasseiam, mas as pessoas não lhes conseguem pôr a mão, isso significa que o problema na economia e na sociedade e na política é um problema de distribuição: quem é que tem o quê?

Esse problema pode solucionar-se de um modo muito simples: basta que as pessoas possuam dinheiro suficiente para poderem comprar os bens de que necessitam.

Afinal, se todas as pessoas conseguirem ter acesso aos bens e serviços essenciais, qual é a grande preocupação?

O que está em causa é, efectivamente, uma questão de seriedade.

Se formos sérios, teremos de admitir que a pandemia não é uma brincadeira, temos que pensar que amanhã podemos ser nós a estar internados numa unidade de cuidados intensivos (se ainda houver vagas), que temos de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para podermos minorar os seus efeitos, e que ficar deprimido porque não podemos ir ao cinema ou consumir outros produtos e serviços não essenciais não é uma atitude de gente séria.

Teremos de admitir também que se os bens e serviços essenciais existem em quantidade suficiente para satisfazer a todos, então eles têm de ser distribuídos por todos, independentemente de as pessoas serem ricas ou pobres.

Finalmente, teremos de admitir que tirar partido desta situação para conceder empréstimos aos mais necessitados, recebendo os pagamentos de volta, acrescidos de juros, durante um longo período vindouro, não só é um comportamento pouco sério, como é um comportamento deplorável: não só não devia ser aplaudido pelas pessoas, como devia ser combatido como quem combate um agressor mais forte que agride uma vítima mais fraca.

(Em tempos, os que se aproveitavam da débil situação financeira de outros para deles extrair dinheiro eram chamados de usurários ou agiotas e eram mal vistos. A própria igreja católica condena a usura. No entanto, quando hoje esfregam a usura no nariz das pessoas, elas em vez de lhe detectarem imediatamente o cheiro, aplaudem!)

Há imensas maneiras de colocar em prática uma outra via mais séria de gerir as coisas. Uma das maneiras mais simples é criar dinheiro e depositá-lo mensalmente nas contas bancárias das pessoas. Tão simples quanto isso.

Muitas pessoas não acreditarão que possa ser assim tão simples. No entanto, todos os dias os bancos criam dinheiro e depositam-no nas contas das empresas, em forma de empréstimos. E nisso as pessoas já não têm dificuldade em acreditar.

Agora, por favor, unam os pontos entre os dois parágrafos anteriores!

Vejo gente a manifestar-se pela manutenção do seu negócio, e penso que as pessoas estão mesmo à nora. Hoje manifestam-se os artistas da bola, amanhã os artistas da música, depois os artistas da comida, depois os artistas da caneta, depois os trabalhadores do comércio, os empregados hoteleiros, e quase toda a gente. Porque quase toda a gente será duramente afectada por tudo o que se está a passar. E eu sempre fui muito a favor dos manifestos e das manifestações. Mas...

Seria bom que as pessoas pudessem ter uma visão mais geral deste assunto. O problema não é só seu, do seu emprego ou do seu negócio. O problema é de todos. E se todos sairmos à rua para gritar bem alto pela manutenção das coisas à moda antiga, estaremos no fundo a afirmar apenas a nossa incapacidade para lidar com esta pandemia.

Será que o melhor que conseguimos fazer nesta situação de pandemia é continuar com o negócio do costume?...

E se o dinheiro não fosse problema? Agiriam as pessoas do mesmo modo?... Creio que não.

Portanto, deixo mais uma vez o meu apelo: o dinheiro é criado nos bancos, lutem para que esse dinheiro seja distribuído de forma justa por todos. Oxalá possam fazer muitas manifestações a exigir isso mesmo: dinheiro para todos!

Sem comentários:

Enviar um comentário