segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O amor a Deus e a cultura...



Complete Causal Loop Diagram for 2 Peter 1:1-11
(retirado daqui)

Para quem é crente eu tentei escrever algo que lhe fizesse sentido. Embora o meu Deus seja diferente, creio que partilha muitas coisas com o Deus dos cristãos. Talvez dizer isto já seja uma heresia...


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Ontem, sábado, dia 11 de Agosto de 2012, à vinda da praia, passei em Colares por um espectáculo com ar muito familiar, muito caseiro, num estrado com um toldo por cima, num pequeno jardim à margem da estrada. Já era de noite. Eu estava com vontade de tirar os calções húmidos, tomar banho para tirar o sal do corpo, comer e descansar. Mas os espectáculos familiares têm para mim um valor sempre especial, sejam em Balugães ou em Colares ou qualquer outro local. Portanto parei o carro e fui-me sentar numa das cadeiras que estava livre na plateia improvisada.

Era um espectáculo por membros de um grupo intitulado "exército de salvação". Eram aí umas vinte ou trinta pessoas, sobretudo jovens e sobretudo mulheres, com t-shirts brancas e "cristo" estampado a preto na parte da frente, a cantar, representar, tocar instrumentos de banda, etc. Pelos agradecimentos que iam fazendo uns aos outros durante o espectáculo deu para compreender que tinham uma estrutura bem hierarquizada e que estavam a fazer aquilo com a colaboração de alguns membros de associações congéneres de outros países.

No final, o elemento estrangeiro aparentemente no topo da hierarquia disse algumas palavras em inglês que foram traduzidas por uma jovem portuguesa. Entre as várias coisas que disse, disse que temos de traduzir o nosso amor a Deus pelo amor pelos homens. E é sobre isso que eu vos quero falar.

É preciso traduzir o nosso amor a Deus em amor pelos Homens. Sim, está certo. Está certo mas não basta, é insuficiente. Se amamos a Deus, amamos também a sua obra. Nós, os Homens, somos obra de Deus. Directamente porque foi ele que nos criou, e indirectamente porque nós também nos fazemos a nós próprios. É assim que sabemos matemática, porque a vontade de Deus se concretizou no nosso desenvolvimento desse conhecimento e na sua posterior transmissão aos nossos filhos. É assim também que nos deslocamos de automóvel, e muitas outras coisas. Deus faz-nos directa e indirectamente, por linhas direitas e por linhas tortas.

Mas Deus não criou apenas os Homens. Dizer que tudo está bem quando expressamos o nosso amor pelo próximo, pelos Homens, é uma visão demasiado antropocêntrica, demasiado centrada em nós mesmos. À nossa volta há todo o mundo. E também foi Deus que o criou. Deus criou-nos a nós, mas também criou os outros seres vivos e todos os equilíbrios naturais que existem neste e noutros mundos. Amar a Deus é amar a sua obra. Portanto, o amor a Deus deve traduzir-se não só no amor pelos Homens, mas também no amor pelos outros seres vivos e pelos equilíbrios naturais.

E, no entanto, o Homem nunca esteve tão cego como agora. Nós amamos a Deus, mas não estamos a ser capazes de traduzir esse amor num amor pelo próximo e pelo mundo que nos rodeia.

Antigamente, e em alguns locais até há bem pouco tempo, algumas décadas apenas, as pessoas viviam, fosse essa ou não a sua vontade, integradas numa comunidade. A vida em comunidade existia independentemente das pessoas gostarem mais ou menos disso, existia pela necessidade, pelos serviços que a comunidade prestava aos seus membros. A comunidade era a segurança social que as pessoas tinham nesses dias, fornecendo-lhes, entre outras coisas, maior segurança. Mais segurança no abastecimento de produtos alimentares e outros, maior segurança contra inimigos, maior segurança contra qualquer desgraça. A vivência em comunidade fazia com que a preocupação pelo próximo se tornasse mais evidente.

Nessas mesmas comunidades do antigamente, a tecnologia era rudimentar, a mortalidade era elevada e a população era reduzida. Assim, as consequências das acções das pessoas eram limitadas no seu alcance. O resultado do que se fazia sentia-se logo ali, naquele local e naquele instante. O que as pessoas faziam, por serem poucas e por terem ferramentas pouco poderosas, não afectava muito o resto do mundo nem nesse momento nem no futuro.

De acordo com o Génesis, depois de ter criado o homem e a mulher Deus ordenou-lhes "crescei e multiplicai-vos". E o mandamento foi cumprido: os Homens cresceram e multiplicaram-se. Hoje, em Portugal, todos falam da falta de bebés. Não sei com que se preocupam as pessoas quando falam da falta de bebés. Estarão preocupados porque os vizinhos não têm filhos? Ou estão simplesmente preocupados com a manutenção do sistema de segurança social? Ou estão, como se calhar deviam, a pensar nas pessoas que querem ter filhos e não os têm porque sentem que não têm condições para isso? Seja como for, as pessoas que se procupam com a falta de bebés em Portugal, não estão certamente muito preocupados com o mundo.

Se as pessoas estivessem preocupadas com o mundo, compreenderiam que os Homens cresceram e multiplicam-se agora como nunca desde a criação. Há hoje mais pessoas vivas no mundo do que alguma vez houve e o seu número está a aumentar como nunca esteve. Em cada geração que passa somos mais mil e tal milhões de almas! Tantas quantas as que existiram durante toda a história do Homem até à descoberta da ciência moderna, há dois ou três séculos atrás.

Somos muitos. E isso altera as coisas. Se antigamente, nas comunidades primitivas, as pessoas se aqueciam a lenha, hoje isso já não é possível. Se todas as pessoas em Portugal, sobretudo nas grandes cidades do litoral, se aquecessem a lenha durante o inverno, o ar ficaria completamente irrespirável. E é preciso saber que as lareiras domésticas são dos principais causadores de dioxinas, que são dos compostos químicos mais tóxicos que há.

Ou seja, as acções que antigamente o homem fazia sem grande impacto no mundo, hoje, simplesmente pelo facto de sermos muitos mais, já podem ter um grande impacto. Se amamos a Deus e queremos respeitar a sua obra, temos de ter isso em consideração.

Mas do antigamente até aos dias de hoje não foi só o número de seres humanos que se modificou. Também a tecnologia se modificou. Deus não criou as tecnologias. Fomos nós, os Homens, que as criámos. Certamente de acordo com a sua vontade. Mas compreender os desígnios de Deus não é fácil...

Os Homens criaram e desenvolveram a tecnologia para poderem viver melhor. A tecnologia permitiu aos Homens fazer coisas novas, que antigamente eram impossíveis, e também fazer as coisas que já fazia, mas com uma produtividade muito maior. Um homem com um sequenciador de ADN consegue identificar doenças genéticas nas pessoas, o que antigamente era impossível. Outro homem, com um tractor, consegue lavrar um campo inteiro de um hectare em muito menos tempo do que antigamente seria capaz com um sacho.

A tecnologia trouxe coisas maravilhosas ao Homem e fez com que ele, de facto, vivesse hoje muito melhor do que vivia antigamente. Mas não trouxe apenas coisas boas. Por um lado, criou uma série de compostos químicos nefastos para o meio ambiente e para ele próprio. Por outro lado, as tecnologias aumentaram muito a capacidade de o Homem modificar o meio onde vive. E o Homem, ao contrário dos outros animais, é um ser que faz sempre questão de modificar o meio onde vive.

A tecnologia permitiu ao Homem ter um enorme poder de acção sobre o meio. Os efeitos da acção do Homem no meio multiplicaram-se. Costuma dizer-se que se Maomé não vai à montanha, a montanha vai a Maomé. Pois nos tempos recentes o Homem já removeu montanhas inteiras! Mas talvez o efeito da tecnologia que mais demonstra o poder que esta confere ao Homem é o aumento do nível médio da temperatura da atmosfera e dos oceanos terrestres. O aquecimento global altera o clima, derrete as calotes polares e os glaciares, aumenta o nível médio das águas do mar, altera os hábitos dos animais e das plantas, e tudo isso foi o resultado do acção do Homem, potenciada pela tecnologia.

Hoje somos mais e temos tecnologias mais poderosas do que antigamente. Mas além disso a vida do Homem no século XXI é também muito mais complexa do que era antigamente. Nas comunidades primitivas as pessoas nasciam, cresciam, viviam e morriam praticamente no mesmo local, apoiando e gozando do apoio das poucas pessoas que os acompanhavam durante a vida toda. Produziam os produtos de que necessitavam e poucas coisas tinham de ser adquiridas fora da comunidade. Hoje em dia, pelo contrário, as pessoas nascem num local, crescem noutro, depois trabalham num sítio, depois noutro, emigram, regressam, voltam a emigrar... Criam relações de amizade mais ou menos sólidas em cada sítio por onde passam. Consomem produtos que são feitos com materiais extraídos em África do Sul, transformados nos Estados Unidos e na China, embalados na Alemanha e vendidos pela Internet. E produzem produtos que seguem os mesmos caminhos complexos. Hoje as coisas mudam a um ritmo alucinante. Quando as pessoas regressam aos locais onde viveram há vinte anos atrás já têm dificuldade em reconhecê-los, tamanhas são as transformações que entretanto esses locais sofreram.

A enorme complexidade das vidas que hoje levamos fazem com que as consequências das nossas acções se tornem muito mais difíceis de identificar. Tornam-se mais difusas. Quais são as consequências de não se brincar na rua e alternativamente passar-se muito tempo a brincar no computador? Quais são as consequências de produzir cortiça para a exportação? Quais são as consequências de aprender línguas estrangeiras na escola e ouvir pop-rock inglês na rádio? Quais são as consequências de conduzir automóveis ou de fazer compras em grandes centros comerciais? Tudo isso é hoje mais difícil de avaliar. Antigamente era mais fácil avaliar as consequências das nossas acções.

Portanto, o impacto que aquilo que fazemos ou que não fazemos, e valem ambos o mesmo, sobre o próximo, sobre a humanidade, sobre os outros seres vivos e sobre os equilíbrios naturais, isto é, a forma como afectamos tuda a obra de Deus que nos circunda, é maior, porque nós somos muito mais, é mais intensa, porque dispomos de tecnologias mais poderosas, e é mais difícil de avaliar, porque a vida hoje é mais complexa.

Tomemos como exemplo a ida de uma pessoa ao supermercado. Imaginemos que conduz um carro até ao hipermercado de um centro comercial. Aí compra uma série de produtos. Entre eles algumas romãs com óptimo aspecto importadas de Israel, colocadas dentro de um saco plástico para pesar, e umas latas de atum de conserva. Na caixa, a empregada coloca tudo noutros sacos plásticos maiores e a pessoa paga com o seu cartão de crédito. No final, regressa a casa no seu carro.

Qual é o impacto que a condução do automóvel tem no aquecimento global do planeta? E no défice energético e da balança comercial portuguesa? E na segurança rodoviária? E na poluição sonora? E na saúde do próprio condutor? Qual é a relação que a compra de romãs israelitas tem na guerra na Palestina? Qual é o impacto que a produção de romãs gordas e sumarentas pode ter num país tão árido como Israel? O que é que acontece ao rio Jordão em consequência disso? Que efeitos podem ter na saúde das pessoas a ingestão de romãs com taninos e anti-oxidantes? Que é o impacto que o consumo de romãs importadas tem nos produtores de romãs nacionais? Qual a relação entre o consumo de peixe e a diminuição das reservas de peixe no mar? E o impacto que pesca de atum tem nos golfinhos? E o impacto que isso tem na indústria de conserva nacional? Qual a consequência da ingestão de peixes gordurosos na saúde das pessoas? Qual é a relação entre a utilização de sacos plásticos e a diminuição do número de tartarugas nos oceanos e as manchas enormes de detritos que há no meio dos oceanos? Etc, etc etc.

Como é que podemos expressar o nosso amor a Deus, o nosso amor aos Homens, às criaturas e às coisas, se não sabemos quais as consequências das nossas acções?

Reparem que o exemplo da ida ao supermercado podia ser estendido ao que fazemos nos dias das eleições, ao modo como reagimos perante um toxico-dependente, ao local e ao modo como passamos férias, ao trabalho que temos...

As pessoas hoje sabem mais do que antigamente. Mas, talvez paradoxalmente, o aumento do número dos Homens na Terra, o desenvolvimento da tecnologia e a complexificação da vida avançam mais rapidamente que o nosso conhecimento. Assim, o aumento das nossas condições de vida avança em simultâneo com o aumento da nossa cegueira, da nossa irresponsabilidade.

O que é que podemos fazer então? Se quisermos abandonar a cegueira, se quisermos ser responsáveis, se amamos a Deus e queremos traduzir isso num amor pela sua obra, pelos outros Homens, pelos outros seres vivos e pelos equilíbrios naturais, hoje e no futuro, temos duas alternativas. Ou abandonamos os benefícios da vida actual e voltamos a viver como os Homens viviam há séculos atrás, ou se não queremos perder esses benefícios, temos de aprender a avaliar melhor as consequências dos nossos actos.

Para isso são necessárias duas coisas: vontade e conhecimento. Para ter conhecimento é necessário estar atento, falar, discutir, criticar, pensar, ler, experimentar coisas novas, contactar com outras pessoas. Enfim, é necessário ser mais culto. A palavra "culto" vem do latim e quer dizer cultivado. Cultivado tal como as hortaliças são cultivadas: são plantadas, são regadas e tratadas e assim vão crescendo. Do mesmo modo temos de colocar no nosso espírito as sementes do conhecimento, e depois temos de tratar delas, de as alimentar, de as fortalecer, todos os dias, para que crescam fortes e saudáveis. Ser culto é algo que resulta de um estado de espírito e de um trabalho permanente. Ninguém se torna culto do dia para a noite. É necessário um trabalho aturado todos os dias.

No início, todos os trabalhos são mais penosos. Quando se aprende a dançar pela primeira vez, os músculos estão tensos, fazem-se movimentos exagerados, cansamo-nos mais. Tudo custa mais no início. No início temos de pensar: mas o que é que as romãs israelitas têm a ver com o rio Jordão? E as coisas parecem não fazer qualquer sentido para nós. Tal como quando nos tentam ensinar a história de Portugal: é muito difícil ligar as coisas umas às outras.

Mas uma coisa é certa: quanto mais se sabe dançar, mais facilmente aprendemos danças novas, mais facilmente dançamos as danças que já aprendemos e mais gozo retiramos disso tudo. E com o conhecimento é igual.

Jesus disse "abençoados sejam os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus". Isso era o que fazia sentido quando as pessoas não tinham como cultivar o seu espírito. E o mesmo se aplica hoje em dia para quem não tenha oportunidade de o fazer. Mas a vida que hoje levamos resulta de séculos de benefícios introduzidos pelo Homem. E um desses benefícios é a possibilidade que o Homem criou para que todos possam cultivar o seu espírito. Hoje há escolas, há livros, há conhecimento na Internet, há centros de "ciência viva", há bibliotecas, há universidades, há conhecimento nos canais de rádio e televisão. E hoje há também tempo! E do tempo livre que todos temos, uns mais e outros menos, basta tirarmos um pouco para, todos os dias, cultivarmos o nosso amor a Deus e cultivarmos também o nosso espírito. Hoje todos temos oportunidade de o fazer.

Mas para podermos cultivar o espírito, e para podermos transformar essa cultura e esse conhecimento das consequências do que fazemos e não fazemos, num modo de vida mais consentâneo com o amor que temos a Deus, precisamos acima de tudo de ter vontade.

E isto é o mais importante que tenho para vos dizer. É que para podermos conhecer melhor o mundo e para podermos modificar aquilo que fazemos e não fazemos, precisamos de muita vontade.

Aprender pode ser uma chatice. Tal como para quem não sabe, aprender a dançar faz doer os músculos das pernas. E se nunca se aprender um pouco mais e se nunca se praticar, isso vai sempre acontecer. Para quem insiste em não saber e em não querer saber, aprender pode ser sempre uma grande chatice.

Mas isso não é nada quando comparado com o que é necessário para mudarmos os nossos hábitos. Deixar de fumar é muito difícil, todos temos mais ou menos consciência disso, mesmo que não tenhamos passado pela experiência. Mas para quem anda de carro, deixar de andar de carro pode ser igualmente difícil. E o mesmo pode ser dito em relação a deixar de ir passear para o centro comercial, para quem tem esse hábito, ou para passar a frequentar museus, para quem nunca o fez, ou para passar a ler livros.

A vontade de querer conhecer mais e de querer agir melhor devia vir naturalmente do amor que temos a Deus. Amar a Deus é querer agir correctamente.

Mas as nossas acções e omissões têm efeitos que são difusos no tempo, isto é, podem fazer-se sentir só nos nossos filhos e não em nós próprios, e são difusos no espaço, isto é, podem fazer-se sentir só no vizinho e não em nós próprios, e a nossa falta de conhecimento não nos permite ver isso. Nós não sabemos isso, mas uma coisa que todos sabemos é que queremos viver melhor. E portanto é simplesmente isso que tentamos fazer. Quando pensamos em traduzir o amor a Deus em amor pelos próximos, estamos a pensar em fazer comida, fazer festas e outras coisas que façam os que nos são próximos viver mais felizes. E aparentemente está tudo bem. A ignorância e a cegueira dão-nos uma sensação de tranquilidade.

Que vontade é que as pessoas podem ter em dedicar-se a aprender coisas que lhes podem tirar a tranquilidade, quando há tantas outras coisas para fazer que nos dão mais prazer?

As pessoas só mudam quando sentem necessidade. E quanto mais as pessoas conhecem, mais compreendem a necessidade desse conhecimento. Talvez a mudança comece pelos nossos filhos. Talvez a mudança comece quando as pessoas começarem a sentir na pele os incêndios, o desemprego, e tantas outras consequências negativas das nossas acções e omissões.

Era bom poder acreditar que a vontade viria simplesmente do gozo que dá saber mais, tal como quem sabe dançar tem gozo em aprender uma dança nova.

No século XXI, saber traduzir o amor por Deus é mais difícil e mais exigente. Mas se foi Deus que, pela sua vontade, contribuiu para que o número de Homens na Terra aumentasse, para que a tecnologia se desenvolvesse, para que a vida se complexificasse e para que tivéssemos com isso inúmeros benefícios e também malefícios, também foi Deus que nos deu as ferramentas para agirmos de uma forma mais correcta e minimizarmos esses malefícios. Deus criou os obstáculos e deu-nos as ferramentas para os ultrapassarmos. Compete-nos sermos melhores.

Tenhamos, portanto, vontade de sermos mais cultos e melhores.

"
- Senhor, posso dizer uma coisa?
- O Amor ouve-te.
- Senhor, tantas vezes a Vossa Palavra é dada; mas, quantas vezes também, Ela não é nem ouvida nem acreditada.
- Eu sei. Apesar disso, nem tudo é inútil, porque, embora muitos não ouçam, há sempre alguém que ouve. E assim, mesmo que uma só semente crie raízes, vale a pena fazer todos esses sacrifícios.
"

AWF, Lisboa, 12 Agosto 2012

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