domingo, 14 de outubro de 2012

António Borges no sistema...

António Borges é um tipo militante do PSD e que faz, juntamente com o Governo e a Troika, coisinhas ao nosso país e a todos nós. Podem informar-se mais acerca deste personagem e da sua árvore genealógica aqui. Aliás, nesse mesmo artigo, poderão confirmar que o tipo defende a descida dos salários. Já no início do milénio o então presidente do Banco de Portugal, agora vice-presidente do Banco Central Europeu, Vítor Constâncio, tal como o economista Daniel Bessa e outros da mesma laia, tudo gente pobrezinha, defendia a descida nos salários como o caminho para um futuro melhor. Acham que é paradoxal?... Pensem melhor. Um futuro melhor para quem?...

Nesta entrevista de 20 e poucos minutos, feita já há mais de um ano, António Borges demonstra a sua felicidade por vivermos num mundo com um sistema financeiro como o actual. Se atentarem irão reparar como ele afirma que:
  •  os "mercados" e os "investidores" são soberanos
  • a livre circulação de capitais é inevitável e é preciso tratar bem os investidores para que eles não fujam
  • a economia da Europa não apresenta uma tendência decrescente
  • é impossível viver sem seguros
  • os serviços financeiros actualmente existentes prestam serviços à comunidade extremamente valiosos
  • a moralidade não existe no funcionamento dos mercados, e assim é que está bem
  • a transparência é uma coisa má e o segredo é fundamental para que os mercados funcionem
  • o acesso à informação e aos activos financeiros está limitado aos grandes operadores, e assim é que está bem



Os "hedge funds" são umas coisas esquisitas, que os senhores de gravata que dominam o mundo inventaram para fazer mais uns tostões. Se quiserem saber mais podem começar por aqui.

No final do artigo anterior, intitulado "a dívida para totós", eu referia que a ultrapassagem da nossa situação actual implicava a compreensão do buraco em que nos metemos e a alteração das regras do jogo. São regras como estas da livre circulação de capitais e dos negócios só para alguns e dos títulos esquisitos e coisas que tais que dão imenso dinheiro a alguns e deixam o resto do mundo inteiro no estado em que ele se encontra.

Tudo isto, dizem-nos, é feito para nosso bem. Durante quanto tempo mais vamos continuar a acreditar em quem nos engana?

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