A vida inteira a preparar o imprevisto
e depois isto
tudo conforme o plano...
ao desengano
no desvio pouco sadio
do vazio quotidiano.
Vai-se a ver e é mesmo assim
assim-assim...
Longe o canto do chapim
guardadas as notas no piano...
a vida a andar às voltas
num sem-fim
ano após ano.
E apesar de tudo
insisto
no querer fazer um mundo disto.
Se de tão longe vim
e fiz o meu caminho caminhando
se sou alecrim
que suporta o sol a seca e o solo mais ruim
e apesar de tudo vai medrando.
Se o meu sonho é construído em mim
sem no céu azul haver clarim
mas tão só o cheiro a avião em meio urbano,
não desisto!
de fazer desta humanidade
um o que quer que seja mais humano.
De no seio do ser rasgar enfim
um olhar mais fundo
e sem plano:
viver a vida!
Ouvir o canto do chapim,
amar o amor até ao fim,
aumentar em três as notas do piano.
awf, 10/06/2014
quinta-feira, 19 de junho de 2014
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