Em 2013, em Almada, acompanhado da minha mãezinha, tive felicidade de poder assistir a isto:
De Miguel Calhaz,
Era uma vez um país
Lá num canto desta velha Europa
era uma vez um país
vivia à beira do mal “prantado”
mas apodrecia na raiz
Reza a história que foi saqueado
mesmo por debaixo do nariz
Triste sina, oh! Que triste fado!
Era uma vez um país
E os mandantes que por lá passavam
eram só ares de “bon vivant”
Viviam à grande e à francesa
como se não houvesse amanhã
E havia quem avisasse o povo
p'ra não dar cavaco a imbecis
Mas caíram na asneira de novo
era uma vez um país
E esta fábula do imaginário
tão próxima do que é real
Canção de maledicente escárnio
à república do bananal
Que se encontrava em tão mau estado
andava a gente tão infeliz
E o polvo já tão infiltrado
era uma vez um país
E lá se vão sucedendo os casos
grita o povo: “agarra que é ladrão!”
Mas passam belos dias à sombra do loureiro
Enquanto o Duarte lima as grades da prisão
E nunca se esgotam os personagens
neste faz de conta que é assim
Raposas com passos de coelho no mato
e até um corta relvas de madeira no jardim
Entre campeões de assalto à vara
e filósofos de pacotilha
Entram nas portas dos submarinos
azeiteiros de oliveira às costas
com o ouro da nação p'ra pôr nas ilhas
Caimão, cai pé, baixa os braços e as calças
e a cabeça e o nariz,
aqui finda esta história
que não tem final feliz
pois
era uma vez um país.
Porreiro, pá!...
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
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