segunda-feira, 31 de maio de 2010
Manifestação - Lisboa - 29 Maio
No passado sábado fui ver um filme e acabei por ver outro.
Ia experimentar a cinemateca de Lisboa, pela primeira vez. Tinha seleccionado um filme que me pareceu interessante e lá fui eu. Grande correria, a ver se chegava a horas e cheguei! Só que ao sítio errado! Afinal a cinemateca está em mais do que um sítio e eu fui ao errado... Ora bolas... Pronto... fica para a próxima.
Volto à rua onde já havia muitas pessoas com cartazes e megafones e tal... Uma manifestação, penso eu... Ora deixa ver. E lá fiquei, feito mirone.
Calhou bem que naquele dia, por obra do senhor, tinha vestida a t-shirt verde que diz "recibo verde, since 1993"! :)
E lá fiquei mais de duas horas a assistir a um mar de gente a descer em direcção à rotunda do marquês (eu eventualmente trepei à estátua no centro da rotunda para ver melhor e lá fiquei) e depois pela avenida da liberdade abaixo.
Dizem os sindicalistas que seriam 300.000 pessoas. Pelas minhas contas seriam entre 50 e 100 mil. Fosse como fosse era muita gente... muita mesmo.
Duas opiniões rápidas sobre o assunto.
As coisas estão de facto mal para muitas pessoas. Eu sei disso, porque contacto com a sua realidade. Aliás, contacto com a minha própria realidade... Os sujeitos do bloco de esquerda tinham cartazes com a cara de alguns maiorais de grandes empresas portuguesas, dizendo "o cinto deles nunca aperta" e com a indicação de sei lá quantos milhões de euros que eles recebem ou receberam ou os lucros das empresas ou seja lá o que for...
E a realidade é esta e é evidente para quem a quiser ver: as disparidades económicas têm aumentado muito. De facto, o bolo, o produto, ou chame-se o que se quiser, é maior do que em, por exemplo, 1997, mas agora as pessoas sentem-se muito mais afectadas pela "crise" do que nessa altura. Para onde terá ido o dinheiro?... A resposta é evidente e é evidente também que é preciso protestar contra esta concentração cada vez mais acentuada do carcanhol.
No entanto, não me parece que o problema possa ser ultrapassado com lutas de trabalhadores contra patrões. Na sua essência, trabalhadores e patrões são muito similares nas aspirações e nos modos de vida. São ambos parte de um sistema que sinto estar profundamente errado. Alterar o sistema é que é necessário. E isso implica mudar o que vai na cabeça das pessoas, as suas aspirações e os seus modos de vida. Enquanto o trabalhador lutar para estar na situação do patrão, não me parece que a coisa irá mudar muito.
A segunda opinião é a seguinte: que bando de gente com ideias tão malucas na tola!... E tanta gente com as ideias dos outros na tola, o que é verdadeiramente preocupante... Gritar palavras de ordem e tal... Enfim, grande dose de carneirada. Enfim, enfim...
Fica este cartaz, foto retirada sem autorização daqui, onde se pode ler um artigo que vai de encontro a esta minha segunda opinião.
sexta-feira, 28 de maio de 2010
Celina...
Três videos. Este primeiro com Naragonia e o seu tema "Calimero" ao qual a Celina acrescentou a popular canção da "Pêra Verde". No clube ferroviário, Março de 2010.
Este segundo porque é bonito. Et voilá, tem uma foto minha!... As minhas fotos já andam no youtube e eu não sabia!... :)
E este terceiro, para mim um regresso à origem, com 7 Luas Orquestra, no festival Sete Sóis Sete Luas em Castro Verde, Setembro de 2009. O som não é bom...
Este segundo porque é bonito. Et voilá, tem uma foto minha!... As minhas fotos já andam no youtube e eu não sabia!... :)
E este terceiro, para mim um regresso à origem, com 7 Luas Orquestra, no festival Sete Sóis Sete Luas em Castro Verde, Setembro de 2009. O som não é bom...
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Agir ou não agir...
De Fernando Pessoa:
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlaçemos as mãos).
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para o pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente.
E sem desassossegos grandes.
------------------
De José Rebola, grupo Anaquim, álbum "As vidas dos outros", música "Lídia":
Lídia enlacemos as mãos e fiquemos então somente a ver passar o rio
Lídia joguemos xadrez, façamos isso em vez de dar à guerra o nosso brio
Lídia sejamos alheios aos desgostos feios de quem já não quer quem tem
Mas Lídia eu sinto-me vazio ao ver passar o rio sem te ter nem fazer por ser
Alguém
Que vendo o mal nunca está bem
Que vendo o mal nunca está bem
...
Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlaçemos as mãos).
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para o pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente.
E sem desassossegos grandes.
------------------
De José Rebola, grupo Anaquim, álbum "As vidas dos outros", música "Lídia":
Lídia enlacemos as mãos e fiquemos então somente a ver passar o rio
Lídia joguemos xadrez, façamos isso em vez de dar à guerra o nosso brio
Lídia sejamos alheios aos desgostos feios de quem já não quer quem tem
Mas Lídia eu sinto-me vazio ao ver passar o rio sem te ter nem fazer por ser
Alguém
Que vendo o mal nunca está bem
Que vendo o mal nunca está bem
...
terça-feira, 25 de maio de 2010
Já nado!...
Hoje de manhã, pela primeira vez desde o fatídico dia 27 de Dezembro, em que os deuses resolveram tirar o meu úmero do sítio, nadei como deve ser. Umas quantas piscinas, multi-estilos (desajeitados, pois claro), mas qualquer coisa já parecido com natação! Muito bom! Quero estar preparado para as loucuras do verão no mar! :)
(esta foto foi tirada numa tentativa de suicídio colectivo no mar da lagoa de Santo André no verão passado)
Plantas silvestres com sabor...
Oficina em Vilar de Mouros no passado sábado, dia 22. Dia lindo, calor, quase verão. Saímos do centro recreativo da vila para um passeio ao longo da margem esquerda do Coura. Caminho lindíssimo. E tanta informação!... Tanta variedade de plantas, tanta coisa para comer e esfregar e decorar e... :)
Quem estava na frente do projecto era o Carlos Venade, que a meio resolveu começar a achincalhar o capitalismo. Ora dá-lhe com força, camarada Carlos! :)
No final, de volta ao centro recreativo, tivemos uma apresentação sobre as espécies que vimos e ainda outras e, num saltinho, falámos também da origem das plantas, da vida, dos átomos, do universo, do nosso lugar dele... e ainda misturado com poesia de Fernando Pessoa e outros. Muito bom! Mesmo. Ter à nossa frente alguém que interliga os conhecimentos e lhes põe nexo, essa coisa tão importante, e cria uma mundivisão que faz questão de partilhar com os outros porque se preocupa... Que falta faz gente assim! E isto mesmo que se tenha outras mundivisões...
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Coisas do dia a dia...
Como dizia alguém, os homens podem ser divididos em dois grupos: aqueles que lavam as mãos depois de urinar e aqueles que têm de lavar as mãos antes de urinar. Eu claramente encaixo-me orgulhosamente neste último grupo de gente imunda! :)
E já agora, apenas ligeiramente relacionado com isto, fiquem lá com este vídeo a que sempre achei alguma graça:
E já agora, apenas ligeiramente relacionado com isto, fiquem lá com este vídeo a que sempre achei alguma graça:
quarta-feira, 19 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
Freecycle
A Inês equipou a casa toda à borla!...
Já ouviram falar nos três erres: reduzir, reutilizar, reciclar? Os que se preocupam com o ambiente tendem a concentrar os esforços na reciclagem. Mas mais importante do que isso é reutilizar os produtos antes de os deitar fora. O "freecycle" permite precisamente isso. Poupa o nosso dinheiro e poupa o ambiente.
www.freecycle.org
O meu trabalho...
O objectivo aqui, além de me divertir imenso, é construir uma estrutura com determinadas dimensões que possa transladar em dois eixos (horizontal e vertical) com algum rigor. Não tem sido fácil... Esta estrutura será então utilizada num ensaio de um sistema de monitorização de deslocamentos da ponte 25 de Abril.
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