segunda-feira, 18 de abril de 2011

A ubiquidade do Senhor...


(Deus é surrealista!)

Era uma vez um Deus a quem tinham dito que devia estar em todo o lado ao mesmo tempo. O Deus, preocupado em cumprir o seu desígnio, corria desalmadamente por toda a parte, sempre à espera de se encontrar a si próprio. Corria, corria, corria, mas sem sucesso. E correr muito dá uma fome demoníaca!

Os dias passaram, o Deus sempre à procura de si e sempre a comer como um pobre Diabo.

Até que um dia Deus se cansou. Foi no sábado à noite que decidiu que não estava mais para aquilo. E deixou de correr.

Deixou de correr, mas o hábito de comer já estava entranhado, e passou a engordar. Comeu, comeu, comeu e engordou, engordou, engordou... Engordou tanto, tanto... que um dia, ao abrir o frigorífico para ir buscar uma cervejinha e uns tremoços, encontrou-se! Estava, finalmente, em toda a parte!

É precisamente porque Deus está em toda a parte, que ele não precisa de se mexer para chegar a lado algum. Quanto mais gordo for, menos precisa de se mexer, e mais engorda, diminuindo ainda mais a necessidade (possibilidade?) de se mexer. Inversamente, quanto mais magro for, mais precisa de se mexer, e mais emagrece, aumentando ainda mais a necessidade de se mexer...

Pelo menos foi isso que concluímos quando no último passeio na Serra de Aire, neste sábado, não o encontrámos lá por cima a passear também!

Sem comentários:

Enviar um comentário