Não cumpro!
E não é por um
não me apetecer
cúmplice da displicência.
Não cumpro!
E nenhum ardil político
dá guarida
à minha negação.
Não cumpro!
Não cumpro
por convicção
da alma.
Não aceito
arrancar letras
à minha ortografia.
Não aceito escrever
sem o segredo
dos seus sons secretos.
Não aceito
riscar o rosto
à palavra da minha língua.
Mantenho inteiro
o meu dizer escrito.
Mantenho a sépia
que abraça cada sílaba.
A caligrafia do meu coração
não assinou nenhum acordo ortográfico.
Não cumpro!
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