Notícia de hoje, 11 de Fevereiro de 2011:
"Nokia and Microsoft intend to jointly create market-leading mobile products and services designed to offer consumers, operators and developers unrivalled choice and opportunity. As each company would focus on its core competencies, the partnership would create the opportunity for rapid time to market execution. Additionally, Nokia and Microsoft plan to work together to integrate key assets and create completely new service offerings, while extending established products and services to new markets."
Excertos do meu artigo de ontem aqui neste blogue:
"Basicamente não há procura para tanta produtividade.
E como é que se soluciona a coisa? Com aquela outra coisa a que chamei diversificação de necessidades e que normalmente é conhecida por inovação. O que é que fazemos com tanta gente sem trabalho?... Bom... fazemos inovação! Isto é: colocamos uma parte dessas pessoas a pensar em coisas que não lembram ao diabo, outra parte a produzir essas coisas, e uma parte considerável a tentar convencer todos os outros que essas coisas que não lembram ao diabo são essenciais ao nosso bem-estar. Et voilá, temos as nossas sociedades.
(...) O único problema é que o sistema se vai tornando cada vez mais instável, porque cada vez mais baseado em coisas que na realidade não são muito necessárias, coisas que apenas foram inventadas para entreter a malta, quem as compra e quem as produz.
De cada vez que há um problema económico as pessoas (...) voltam a distinguir mais claramente aquilo que são necessidades essenciais das que são menos essenciais e das que provavelmente nem necessidades são. E isso, que supostamente seria uma coisa boa, é desastroso para esta economia virtual toda. Porque de repente a procura dos penduricalhos que não lembram ao diabo desce abruptamente e lá ficam uma data de pessoas em maus lençóis. É o que se passa agora.
(...) Mas então, se as pessoas são ocupadas a fazer coisas que não lembram ao diabo, que mal vem ao mundo de elas deixarem de fazer essas coisas que não lembram ao diabo. Bom, na verdade até poderia vir muito bem ao mundo: deixávamos de perder tempo com coisas inúteis, as pessoas tinham mais tempo livre, poupávamos energia e tal e coisa. O problema é que ao ser assim, a confrontação entre as necessidades pouco ilimitadas e as produtividades crescentes ficaria muito à vista: alguns poucos produtores seriam capazes de abastecer toda a gente e, e aqui está o cerne da questão, apropriar-se-iam de todos os benefícios decorrentes dessa actividade. E como não está nem nunca esteve na moda a redistribuição dos ganhos entre toda a gente, acabaríamos com tremendas desigualdades e possivelmente com confrontos sociais daí resultantes (como aliás parece estar a acontecer)."
Ou seja:
e nós, o que ganhamos com isso?
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
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Bem não posso responder directamente a pergunta que colocas-te, mas posso dar umas pistas do que está por detrás da "cooperação". Diria que o que está por detrás é uma palavra muito querida da gestão "sinergias".
ResponderEliminarDo lado da Microsoft tens um gigante da informática a tentar por todos os meios não perder a sua posição de mercado.(Ver: http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=ballmer-at-ces-microsoft)
Do outro tens um "gigante", das comunicações moveis, que não se esta a dar nada bem, na área dos "smartphones" ou traduzindo para português aqueles dispositivos que para alem de inúmeras funcionalidades... também parece que podem fazer chamadas telefónicas. E o principal problema tem a ver com o sistema operativo que corre neles, uma coisa chamada de Symbian :) (http://en.wikipedia.org/wiki/Symbian)
Neste momento a "batalha" neste campo está entre a Apple e a Google.
(ver: http://www.scientificamerican.com/article.cfm?id=an-open-question)
Não me vou alargar mais nas razões da fusão pois elas são facilmente compreensíveis.
Agora tentando responder a tua pergunta. Provavelmente vais poder passar a comprar um telemóvel que tem a funcionalidade a,b,c,x,y,z^2 com interligação ao facebook e outros sites sociais, onde os teus amigos poderão dizer como a funcionalidade b^3 é a ultima coisa a ter. Ok estou a ser mauzinho, reconheço.
Talvez o que se possa ganhar tem a ver com a concorrência. Como se sabe a concorrência é uma coisa boa, porque baixa o preço dos produtos e optimiza os processos produtivos (nem que seja com fabricas no terceiro mundo).
Então para terminar, respondendo a tua pergunta, vou deixar outra pergunta: O que é melhor para a economia, uma empresa que domina o mercado, ou um cenário de concorrência entre empresas ?
Abraço,
João